quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um segredo para a minha Mãe

Hoje, publico mais uma história de Natal, desta vez uma tradução e adaptação de Susan Spence, intitulada Um segredo para a minha Mãe. Espero que gostem!

                                                                           

                Um segredo para a minha Mãe


Enquanto espero pelas festas, penso em todos os Natais calorosos e maravilhosos quando era criança, e dou-me conta de que um sorriso me ilumina a face. Na verdade, são tempos que vale a pena recordar! Contudo, reparo que, à medida que fui ficando mais velha, as memórias do Natal tornaram-se menos vívidas e foram-se transformando numa época triste e deprimente... até ao ano passado. Foi nessa data que creio ter recuperado a alegria própria da infância. A alegria que eu sentia quando era criança…



                                          ♥♥♥



Todos os anos me canso à procura de algo para oferecer à minha mãe no Natal. Mais um roupão e uns chinelos, um perfume, umas camisolas? Tudo prendas interessantes, mas que não dizem Amo-te da maneira que deviam dizer. Desta vez, queria algo de diferente, algo que ela recordasse para o resto da vida… Algo que lhe devolvesse o sorriso na cara e a ligeireza no andar. A minha mãe vive sozinha e, por muito que eu queira passar algum tempo com ela, só consigo, com o meu horário, fazer-lhe visitas esporádicas. Portanto, tomei a decisão de ser o seu Pai Natal secreto. Mal sabia eu como acertara!

Saí e comprei todo o tipo de pequenas prendinhas e, depois, passeei-me pelas zonas mais caras do centro comercial. Arranjei pequenas ninharias, coisas que eu sabia que apenas a minha mãe iria apreciar. Levei-as para casa e embrulhei-as, cada uma de maneira diferente. Depois, fiz um cartão para cada uma delas. Tudo de acordo com a canção “The twelve days of Christmas.” [“Os doze dias de Natal”]. E dei início à minha aventura.

                                          ♥♥♥



O primeiro dia foi tão emocionante! Deixei a prenda junto à porta do apartamento dela. Depois, apressei-me a telefonar-lhe, fingindo que era só para saber como estava de saúde. A minha mãe estava radiante! Alguém lhe tinha deixado ficar uma prenda e assinado “Pai Natal secreto.” No dia seguinte, a cena repetiu-se. Quatro ou cinco dias depois, fui a casa dela, e o meu coração quase rebentou de alegria. Tinha disposto todas as prendas em cima da mesa da cozinha e andava a mostrá-las aos vizinhos. Durante todo o tempo da minha visita, a minha mãe não parou de falar no admirador secreto... Estava no sétimo céu! Telefonava-me todos os dias com notícias da nova prenda que tinha encontrado ao acordar! Tinha decidido “apanhar” a pessoa responsável por tudo aquilo e ia dormir no sofá, com a porta completamente aberta. Por isso, nesse dia, tive de deixar a prenda mais tarde, o que a fez ficar aflita: será que as prendas tinham acabado? O último dia era um sábado e o cartão dizia-lhe para se vestir e que devia ir até ao Applebee’s para jantar. Era sinal de que iria, finalmente, conhecer o seu Pai Natal secreto. O cartão dizia, também, que pedisse à sua filha Susan para a levar lá (esta sou eu). Acrescentava, ainda, que iria reconhecer o Pai Natal secreto pelo laço vermelho que ele usaria. Fui buscá-la e lá fomos nós. De pois de chegarmos e de nos instalarmos, a minha mãe olhou em volta. Perguntava-se, sem dúvida, quando iria conhecer o seu Pai Natal secreto… Devagar, tirei o casaco e exibi o laço vermelho. A minha mãe começou a chorar. Estava mais feliz do que nunca!

Senti-me tão contente quando tudo acabou! E lembrei-me de uma coisa muito importante: a minha mãe ensinara-me, em criança, que era melhor dar do que receber. Por isso, todos os anos em que estive triste durante as festas, foi porque procurei mais receber do que dar. Agora, podia, finalmente, sentir-me feliz.



                                                                                                                                                                                       Susan Spence, 2008

                                                                                                                                                                                   (Tradução e adaptação)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Histórias de Natal

Começamos hoje a divulgação das histórias que nos chegam do Clube das Histórias, um projeto que nasceu em 2006 na Escola Secundária Daniel Faria, em Baltar, e que difunde, semanalmente, uma história por correio eletrónico, quer em Portugal, quer nos PALOP. Eis a primeira história.


O presépio de Paco
Depois que os Gonzales foram para a cidade, o casebre ficou vazio. Não era um casebre estável, não; era antes um barraco inseguro. Quando o vento soprava forte das montanhas, as tábuas soltas das paredes batiam e o telhado de latão ameaçava voar. Mesmo assim, era um casebre.

Paco morava com os pais a poucos passos do casebre dos Gonzales. Tinha dez anos e era bastante alto para a idade. Na colheita do milho, Don Alfredo tinha-lhe pago metade do salário de um homem. Muito pouco, achava Paco, pois ele trabalhara como um homem inteiro. Mas o que Paco pensava, pouco interesse tinha para Don Alfredo.

Paco tinha dado à mãe o seu salário, todas as noites. O salário quase todo. Mas o dinheiro escoava-se por entre os dedos da mãe.

— É sempre pouco — suspirava, ao voltar da loja de Don Alfredo com algumas coisitas.

— E o dinheiro acaba sempre em Don Alfredo — dizia Paco. — Ele dá e volta a tirá-lo.

Por vezes, Paco também pensava em fazer como os Gonzales, fugir da Hacienda e ir para a cidade. Mas da vida deles lá, não ouvira nada de bom. Os seus amigos Pedro e Alberto davam-se por contentes quando conseguiam limpar os sapatos aos turistas em troco de umas parcas moedas e o pai Gonzales ainda não tinha encontrado trabalho.

E havia ainda Juanita, a burra velha que Paco herdara do avô que falecera no ano anterior. A burra e o maravilhoso chapéu de palha de abas cargas tinham sido a sua parte da herança. O avô também não tinha muito mais para deixar, bem pelo contrário. Na loja de Don Alfredo até ficara com dívidas. Mas Don Alfredo, por vezes, também sabia ser generoso. E riscara simplesmente a dívida. No entanto, observou a burra com atenção mas, como se disse, Juanita era velha e o pelo parecia comido pelas traças.

— Se queres ficar com o animal, por mim, fica — dissera Don Alfredo a Paco.

Depois de dar de comer a Juanita, Paco alojou a burra no casebre dos Gonzales e Don Alfredo não lho proibiu. Sim, às vezes, Don Alfredo era mesmo generoso. Mas o melhor era que tinha autorizado Paco a ir visitar Doña Clara.

Doña Clara era a velha tia de Don Alfredo.

Teimara em ensinar os filhos dos trabalhadores das barracas a ler e a escrever. Paco, contudo, tinha de trabalhar o dia inteiro nos campos e Doña Clara discutira com Don Alfredo por causa disso.

— Paco é o meu aluno mais aplicado — dizia ela. — Já tem dez anos, mas eu queria que ele pudesse ficar na escola. É inteligente.

— As cabeças inteligentes são perigosas, tia — respondeu Don Alfredo. — Primeiro aprendem a ler e a escrever, depois querem um salário maior e, por fim, um pedaço de terreno.

Mas Doña Clara acabara por impor a sua vontade e Paco fora. Do que ele mais gostava na escola era das histórias de Doña Clara. Quando contava, os olhos tornavam-se-lhe grandes e redondos e as crianças ficavam caladas como ratos. Uma das suas histórias foi a que deu origem àquela noite maravilhosa da qual, anos mais tarde, muita gente na Hacienda ainda falava.

Doña Clara contara a história de Belém, mas não ficara atrás da secretária. Curvada em frente às crianças, deslocara-se de um lado para o outro fazendo de São José. Depois erguera- -se e fizera de estalajadeiro a expulsar Maria e José rudemente e com má cara. As crianças tinham gostado muito, principalmente quando fez de anjo. Em pé, de braços abertos, anunciando a boa nova. A cara, radiante, resplandecia como a de um anjo. E quando fizera de boi e de burro e gritara “i-ó”, as crianças tinham rido. Mas a alegria só contagiara realmente todos quando ela, em silêncio e transformada de repente numa jovem, embalava nos braços o Menino Jesus.

Doña Clara conseguia ser tudo: Maria e José, o anjo, os pastores, os animais e os três Reis Magos. Só quando Don Alfredo, inesperadamente, lá ia dar uma vista de olhos, é que tornava a ser a severa professora Doña Clara.

Ora foi precisamente esta história do nascimento de Jesus que se alojou na cabeça de Paco e que ficou a chocar dentro do rapaz …Passado algum tempo, saíram a voar uns passarinhos às cores...

Certo dia, Paco enfeitou a cabana dos Gonzales com hera e arranjou, ninguém sabe onde, uma manjedoura. Juanita, a burra, teve de ser presa porque estava constantemente a comer a hera. De um pedaço de cartão cortou uma estrela que pregou por cima da porta da cabana.

Em seguida, Paco lavou-se minuciosamente como nunca se lavara ao longo do ano, esfregou todas as nódoas do poncho e escovou o seu belo chapéu.

— O Paco vai à procura de noiva — troçou a mãe. Mas ele limitou-se a rir.

Fez das tripas coração e foi à casa do patrão, em frente. Nunca antes estivera em casa de Don Alfredo. Bateu timidamente à porta grande. Carlos, o velho criado, veio abrir. Ergueu as sobrancelhas, admirado, e olhou para Paco.

— Preciso de falar com Don Alfredo — disse o rapaz. Como Carlos nada dissesse, Paco tirou meio peso de prata que guardara do dinheiro da colheita. Mostrou a moeda e meteu-a na mão do criado.

— É urgente, Carlos. Muito urgente.

Carlos virou-se e o rapaz seguiu-o pelo átrio grande e fresco.

Paco só conhecia algo igual das histórias de encantar. O chão estava coberto de tapetes, as paredes decoradas com quadros e do teto caía um lustre com milhares e milhares de gotas de cristal brilhante. Carlos fez sinal ao rapaz para esperar e desapareceu por trás de uma imponente porta escura. Pouco depois, Don Alfredo veio ao átrio e falou asperamente a Paco.

— Isto são modas novas? Vens a nossa casa sem ser chamado e nem tiras o chapéu da cabeça!

Paco arrancou imediatamente o chapéu e disse, a gaguejar:

— Eu gostava… eu queria perguntar-lhe… é que eu preciso de um boi, Don Alfredo, com urgência.

Don Alfredo riu alto e exclamou:

— Ouçam isto! O rapazinho quer um boi. Como se eu desse um boi, assim, por dá cá aquela palha.

Abriram-se duas portas ao mesmo tempo e Doña Clara e Doña Esmeralda, a mulher de Don Alfredo, foram ver o que se estava a passar no átrio.

— Ele quer um boi! — exclamou Don Alfredo a rir. — E porque não uma vaca ou uma manada inteira?

— Um boi só, Don Alfredo, por favor. Mas tem de ser um animal forte. Não quero o boi de oferta. Só queria pedi-lo emprestado por uma única noite.

As gargalhadas de Don Alfredo calaram-se.

— Emprestado? Um boi? Só por uma noite?

Paco entusiasmou-se e desatou a falar:

— Quero construir um presépio como Doña Clara contou e o meu burro vai lá estar, como Doña Clara contou, e Maria e José, como Doña Clara contou, e também um boi, como…

— Doña Clara contou — disse Don Alfredo, olhando para a tia, ironicamente. Mas esta limitou--se a encolher os ombros.

— Para se poder imaginar melhor aquilo do nascimento em Belém.

Paco disse a última frase muito baixinho.

Don Alfredo olhou para o rapaz com um olhar severo. Paco dirigiu-se aos poucos e às arrecuas para a porta de entrada.

— De dia para dia, estes Pacos andam a tornar-se cada vez mais atrevidos — retumbou Don Alfredo.

Doña Clara disse então:

— Ficas prejudicado, querido sobrinho, se fizeres a vontade ao rapaz? Não vais ficar mais pobre por isso e, por uma noite, ele vai sentir-se rico como um rei.

Don Alfredo ainda hesitou, mas acabou por dizer:

— Oh, por mim… que seja! O Natal está para breve.

O resto foi muito fácil. Maria Simancar era só um pouco mais velha do que Paco. Ia fazer de mãe de Deus porque se chamava Maria e porque tinha uns longos cabelos pretos ondulados. Maria queria trazer o irmãozinho, um bebé rechonchudo.

— Porque ele quase nunca chora — disse.

Com o São José é que foi mais difícil. Paco teve de convencer Fernando e até prometer- -lhe uma garrafa de aguardente de agave até ele se dispor a fazer de marido de Maria.

— Os pastores vão vir…— disse Paco, esperançado.

— E o anjo? — perguntou-lhe a mãe. Paco hesitou um pouco mas depois disse:

— Tu, mãe, foi o que pensei.

O pai riu tão alto, que até o papel que colara sobre o vidro partido se rasgou.

— Um anjo redondinho de cem quilos — disse em voz muito alta e, de tanto rir, até ficou sem poder respirar.

— Não tenho nenhum vestido branco, Paco — disse a mãe, triste. — Os anjos têm de brilhar.

— Mas tens uma voz maravilhosa, mãe. Podias ficar atrás da casa dos Gonzales. Depois cantas o que todos os anos costumas cantar: “Aleluia, paz e aleluia!”

O pai ainda se ria, o que irritou a mãe, que disse:

— Vou fazer isso, Paco.

À noitinha, Don Alfredo mandou o boi. Um pastor ainda novo trouxe-o à arreata. Quando o sol se pôs, saíram quase todos das suas casas e, conversando e rindo, dirigiram-se à cabana dos Gonzales. A porta e as janelas estavam abertas de par em par. Maria estava sentada em frente à manjedoura e deitara o bebé nas folhas de milho. O boi e o burro estavam pacificamente deitados no chão e Fernando, encostado a um cajado, em pé, atrás de Maria.

Paco acendeu uma lanterna. Era uma cena impressionante, a que se via dentro do círculo de luz. Todos se calaram e ficaram a olhar. Mais tarde, ninguém soube dizer quem começou, mas, de repente, alguém ofereceu um melão maduro, um outro colocou três cestos de milho em frente à manjedoura, uma mulher ofereceu uma fralda quase nova…Um jarro de leite e um pão fresco foram também entregues na cabana.

No preciso momento em que Don Alfredo, Doña Esmeralda e Doña Clara chegaram, a mãe de Paco, atrás da cabana, começou a cantar o Aleluia com uma voz límpida. Arrefecera e Don Alfredo e as duas senhoras tinham-se embrulhado em mantas largas e compridas. Abriu-se um caminho à sua frente e entraram os três na cabana dos Gonzales. Passando por debaixo da estrela.

— Ui! — disse Doña Esmeralda. — Não cheira nada bem aqui dentro.

Tirou da bolsa um frasquinho de perfume. Mas este escorregou-lhe das mãos e partiu-se no chão. Um aroma maravilhoso encheu então a cabana. Don Alfredo olhava em volta à procura de Paco. Entretanto escurecera, e não conseguia vê-lo à luz fraca da lanterna. Colocou pois uma moeda junto das prendas. Brilhava como ouro.

Doña Clara tinha encontrado Paco.
- Para que tudo seja como deve ser — segredou-lhe — trouxe uma bolsinha com mirra.
E, por um instante, ela foi um dos Reis Magos. E por algum tempo houve uma grande paz na cabana dos Gonzales. Don Alfredo e a mãe, Doña Esmeralda, Doña Clara e Maria, até o próprio Fernando rabugento, nenhum deles era pobre ou rico, senhor ou trabalhador, senhora rica e elegante ou mulher índia pobre. Naquele instante, todos eram simplesmente homens e mulheres.

A luz da lanterna apagou-se. Quando começaram a sentir o frio da noite, todos partiram, uns para as suas cabanas, outros para a casa senhorial. No entanto, a partir daquela noite em que lhes fora dado antever um outro mundo, as pessoas da aldeia passaram a contar, até aos dias de hoje, a história de Paco e do seu presépio.

                                                                                                                                                  Willi Fährmann 
                                                                                                                                     Ein Stern ist aufgegangen
                                                                                                                                Würzburg, Arena Verlag, 2003

                       (Tradução e adaptação)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Natal na Augusto Gil

A Escola Básica Augusto Gil “vestiu-se” para receber o Natal, com os trabalhos realizados pelos alunos do 5º e do 6º ano, nas disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica. E ficou linda!


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Fim das aulas


Hoje foi o último dia de aulas. mais movimento do que o habitual. Alguns alunos aproveitaram para requisitar um livro para leitura de férias. Excelente ideia. Espero que descansem, nestas duas semanas, e que voltem cheios de vontade de continuar a trabalhar para que aprender se torne uma atividade interessante. Que pode ser, tudo depende da forma como encaramos o conhecimento. Vão por mim!


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sessão de Animação de Leitura

O Clube dos Leitores iniciou, ontem, as sessões de animação de leitura, destinadas aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Pré-Escolar. Esta atividade, com periodicidade mensal, é organizada pelos membros do Clube e pretende promover o gosto pela leitura desde as idades mais jovens.
Nesta sessão, foi lido o livro Tu é que és o Pai Natal?, de Norbert Landa, com ilustrações de Marlis Scharff-Kniemeyer. Os nossos convidados de honra foram os alunos do 1º e do 2º ano, da turma da Professora Manuela, da Escola Básica da Fontinha, que escutaram atentamente a história e, no final, fizeram lindíssimos desenhos de Natal.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Dia Internacional dos Direitos Humanos

No âmbito da comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o projeto Escolhas desenvolve na biblioteca, nos dias 10 e 11 de dezembro, durante as aulas de Educação Cívica, uma ação de sensibilização para  a temática.
Aqui fica o flyer da atividade:

 
 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Encontro com Laura Costa

Na passada segunda-feira, dia 3 de dezembro, comemorámos, na Escola,  o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Organizámos um encontro com a escritora Laura Costa, autora de Para Sempre e Mais Um Dia, romance policial que relata os dramas vividos em torno de uma criança portadora de Asperger, a dedicação que lhe votam a sua mãe e o pai adotivo e os esforços que fazem no sentido da sua integração social.

Laura Costa nasceu em Valongo, em 1962. É a mais nova de 7 irmãos. Frequentou o curso de Engenharia Eletrotécnica, no Instituto Superior de Engenharia do Porto. Trabalha como técnica informática numa instituição bancária. É casada e tem dois filhos.
Começou a escrever muito cedo, com o intuito de guardar as suas histórias de infância. Também se dedica à fotografia e à pintura, outras formas de preservar memórias. Confessa-se apreciadora de Luis Sepúlveda, entre outros escritores latino-americanos e assume-se como uma leitora diversificada, considerando importante ler de tudo um pouco. Por esse motivo, guarda à sua cabeceira vários livros para ler.
Publicou os livros Cabo do Mundo (2006), Para Sempre e Mais Um Dia (2010), e Com todas as (minhas) letras (2012), um livro de poesia. Encontra-se, presentemente, a escrever um novo romance. É, ainda, administradora do blogue Vendo Passados, no qual publica vários textos, na maioria, poesia.

O encontro foi interessante, tendo os alunos das turmas participantes (5ºA, 6ºB, 8ºD e 9ºC) colocado várias questões muito curiosas e oportunas. A autora contou que a história de Para Sempre e Mais Um Dia não é verídica, mas inspirada num menino chamado Lourenço, que é autista, a quem dedica o livro. No entanto, confessou existirem muitas diferenças entre Lourenço e a personagem principal do livro, Gil.
Laura Costa prefere escrever em prosa, por  considerar que há uma história que se constrói, criando uma grande afinidade com as personagens que inventa, pelo que estas lhe deixam saudade quando termina uma obra. Para a escritora, editar o primeiro livro revelou-se mais fácil do que esperava,  por ter encontrado, em pouco tempo, uma editora que a publicasse.

Agradecemos à escritora Laura Costa a disponibilidade  manifestada e desejamos-lhe sucesso para o futuro.

Feira do Livro 2012 (II)

Continua a decorrer, até sexta-feira, dia 7 de dezembro, a Feira do Livro da nossa escola. Regista-se menos afluência do que em anos anteriores, embora já haja "clientes habituais". E tu, já nos vieste visitar? O que esperas?! Só tens mais dois dias!