sexta-feira, 13 de maio de 2016

MODELO DE PESQUISA: FASE DOIS - RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO

     Ao concluíres a fase da planificação, na qual determinas o que pretendes, tens conhecimento dos objetivos e da finalidade da tua pesquisa e do trabalho que vais realizar. E, se, por vezes, não possuis qualquer conhecimento sobre o tema, nem sempre é assim: partindo da construção de uma tabela, como a da imagem poderás anotar aquilo que sabes sobre o assunto que vais estudar e o que queres saber. Ou seja, vais possuir ferramentas para localizar a informação e para a reunir de forma sistematizada.

   Vais iniciar a segunda fase do processo de pesquisa, destinada à recuperação de toda a informação existente sobre o tema. As etapas que a constituem são: a localização de recursos, a reunião de recursos e a revisão do processo.




      LOCALIZAÇÃO DE RECURSOS


     Quando dizemos localização de recursos estamos a referir-nos às fontes de informação que, diga-se, são imensas. O que significa que podemos encontrar fontes de informação em documentos impressos, em audiovisuais, em documentos eletrónicos, etc.
     Para proceder a uma localização eficaz da informação utiliza ferramentas padrão, como um catálogo bibliográfico, índices de enciclopédias, dicionários ou revistas, a base de dados informatizada da biblioteca escolar. Uma boa forma de desenvolveres um plano de recolha de informação é começares por obras de caráter geral, como dicionários , enciclopédias ou atlas. Em caso de dúvida, podes sempre solicitar ajuda junto do professor bibliotecário, para que te oriente no uso de índices, glossários e na consulta da base de dados.
     Quando estiveres à procura dos documentos nas estantes da biblioteca, lembra-te de que esta se encontra organizada segundo a Classificação Decimal Universal, uma classificação bibliográfica que tem por base o princípio da ordenação de conceitos, de acordo com o seu grau de semelhança e que organiza as diferentes áreas do conhecimento em classes. Estas classes estão identificadas por um número que é o código que representa a classe.



  REUNIÃO DE RECURSOS
     Faz uma lista das fontes que vais verificando, para ver se te são úteis, ou não, e aponta a referência bibliográfica da seguinte forma, de acordo com a Norma Portuguesa (NP 405):

APELIDO DO AUTOR/AUTORES, Nome próprio Título: complemento do título. Edição. Local de edição: Editora, Ano de edição. ISBN

     Pode acontecer que o professor simplifique esta fase e te identifique fontes que considere úteis, fornecendo-te uma lista de sugestões bibliográficas. 

REVISÃO DO PROCESSO

     Em conjunto com o teu professor e restantes elementos da turma, chegou o momento de cada um determinar se possui informações suficientes para responder às questões formuladas para a pesquisa (tarefa que realizaste na fase de planificação) ou se são necessárias informações complementares. É um momento de reflexão que permite anotar ideias específicas para melhoria.


Referências bibliográficas:
ALBERTA LEARNING. LEARNING AND TEACHING RESOURCES BRANCH - Focus on inquiry: a teacher’s guide to implementing inquiry-based learning. Edmonton, Alberta, Canada: Learning and Teaching Resources Branch. [Em linha] 2004. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://education.alberta.ca/media/313361/focusoninquiry.pdf
ALBERTA. CURRICULUM SUPPORT BRANCH - Focus on research: a guide to developing students’ research skills. Edmonton, Alberta, Canada: Curriculum Support Branch. [Em linha] 1990. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://helfantpd.wikispaces.com/file/view/focusonresearch.pdf/151500109/focusonresearch.pdf
FREIRE, Adelina; ALMEIDA, Fátima; RODRIGUES, Pedro – “LUTA” para dar um sentido à informação: guia para a realização de trabalhos de pesquisa. Montemor-o-Velho: Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho. [Em linha]  2010/2011. [Consultado em 29 de Abril de 2014]. Disponível no Website das bibliotecas do agrupamento:
FREIRE, Adelina – Explanação de conteúdos. Leiria: ISLA, 2011a
FREIRE, Adelina – Roteiro da tarefa. Leiria: ISLA, 2011b
OBERG, Dianne. Teaching the research process: for discovery and personal growth[Em linha] s/d [Consultado a 26 de novembro de 2011] Disponível em http://archive.ifla.org/IV/iflab65/papers/078-119e.htm



quinta-feira, 12 de maio de 2016

MODELO DE PESQUISA: FASE UM - PLANIFICAÇÃO

     Sempre que iniciamos um trabalho de pesquisa, devemos elaborar um projeto, isto é, proceder à planificação de todo o processo. Com a planificação obtém-se uma imagem do processo de pesquisa e do projeto como um todo. É a fase em que tu e os teus colegas de grupo identificam o que sabem e o que querem saber sobre o tema. É um momento que implica o envolvimento de todos porque começam a surgir ideias sobre eventuais fontes de informação a consultar e é também nesta fase que determinam os destinatários do vosso trabalho, bem como os critérios de avaliação, não só para o produto final, como para os procedimentos de pesquisa e as competências que desenvolveram com a realização do trabalho.
     Esta fase é muito importante porque de uma planificação bem-feita depende o sucesso do teu trabalho. Só sabendo, exatamente, o que pretendes, poderás concentrar o teu trabalho de pesquisa no que é essencial. Assim, sob a orientação do teu professor e, individualmente ou em grupo, deverás elaborar a planificação do teu trabalho, de acordo com a seguintes etapas: designação do tema; identificação das fontes de informação; identificação do público e do formato de apresentação; estabelecimento de critérios de avaliação; revisão do processo.


DESIGNAÇÃO DO TEMA

     Com a ajuda do professor, deves identificar o tema específico da pesquisa e indicar o título e eventual subtítulo. É, igualmente, o momento de, em conjunto, estabelecerem os objetivos e de determinarem a finalidade e o resultado final do trabalho.
     Por esta altura, estão de tal modo envolvidos na planificação que começam a partilhar entre os elementos do grupo tudo o que sabem sobre o objeto de estudo. Apercebem-se que já sabem bastante, mas ainda querem saber mais coisas e que há uma grande variedade de fontes de informação a que poderão recorrer. Tomam nota de tudo isto, porque vos vai ser útil.
    Face à variedade de novos conhecimentos que podes obter, sentes necessidade de formular e de organizar um conjunto de questões que vão orientar a tua pesquisa. Nesta tarefa podes, e deves, contar, sempre com o auxílio do teu professor.

IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE INFORMAÇÃO

     Nesta fase da planificação, o teu professor leva a turma a debater possíveis fontes de informação que poderão utilizar no trabalho de pesquisa, sendo possível proceder a um levantamento dos recursos existentes na biblioteca escolar. Para tal, basta aceder ao catálogo informático do fundo documental. Por intermédio de uma palavra-chave, faz-se uma pesquisa rápida, surgindo no monitor tudo o que a base de dados contém sobre o tema que vais estudar. Em alternativa, o professor poderá simplificar o teu trabalho, entregando, previamente, uma lista da bibliografia que deves consultar.

IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO E DO FORMATO DE APRESENTAÇÃO

     Cabe ao professor determinar a quem se destina a apresentação do trabalho (a audiência, o público). Geralmente, é também quem indica qual o formato que este terá: trabalho escrito; trabalho escrito com apresentação oral; apresentação oral com recurso a meios audiovisuais ou digitais, etc. Contudo, também pode suceder que o professor permita que sejam os alunos a selecionar o formato de apresentação, de entre um conjunto limitado de opções.

ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

     Quase no final da planificação, irás desenvolver, em conjunto com os teus colegas e o professor, os critérios de avaliação a adotar, tanto no que respeita ao produto final, como a todas as fases do processo. É o momento de planificar a autoavaliação dos alunos e a atividade final no final do processo. Mas é, também, a altura de pensar em que moldes se vai realizar a reflexão em torno de todo o processo de pesquisa e de determinar pontos de identificação de sucesso. E porquê? Porque, como dissemos numa publicação anterior, embora este modelo se centre na pesquisa, a abordagem do processo que conduz ao resultado final é muito importante.

REVISÃO DO PROCESSO
   
     A planificação está quase concluída. Falta, apenas, rever os planos individuais ou de grupo, que foram elaborados para orientar a pesquisa. Como estes são apresentados por escrito, torna-se mais fácil seguir a estrutura traçada, sendo este o momento de refletir sobre eventuais ideias para melhoria, antes de avançar para a fase seguinte.



Referências bibliográficas:
Alberta Learning. Learning and Teaching Resources Branch - Focus on inquiry: a teacher’s guide to implementing inquiry-based learning. Edmonton, Alberta, Canada: Learning and Teaching Resources Branch. [Em linha] 2004. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://education.alberta.ca/media/313361/focusoninquiry.pdf
Alberta. curriculum support Branch - Focus on research: a guide to developing students’ research skills. Edmonton, Alberta, Canada: Curriculum Support Branch. [Em linha] 1990. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://helfantpd.wikispaces.com/file/view/focusonresearch.pdf/151500109/focusonresearch.pdf
FREIRE, Adelina; ALMEIDA, Fátima; RODRIGUES, Pedro – “LUTA” para dar um sentido à informação: guia para a realização de trabalhos de pesquisa. Montemor-o-Velho: Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho. [Em linha]  2010/2011. [Consultado em 29 de Abril de 2014]. Disponível no Website das bibliotecas do agrupamento:
FREIRE, Adelina – Explanação de conteúdos. Leiria: ISLA, 2011a
FREIRE, Adelina – Roteiro da tarefa. Leiria: ISLA, 2011b
OBERG, Dianne. Teaching the research process: for discovery and personal growth. [Em linha] s/d [Consultado a 26 de novembro de 2011] Disponível em http://archive.ifla.org/IV/iflab65/papers/078-119e.htm


quarta-feira, 11 de maio de 2016

FORMAÇÃO EM LITERACIA DA INFORMAÇÃO - UM MODELO DE PESQUISA

     A realização de trabalhos de pesquisa é uma excelente forma de recorrer à biblioteca escolar enquanto local de desenvolvimento e de descoberta pessoal. Mas exige de nós que se utilize um modelo de organização da pesquisa. Foi por essa razão que elaborámos um guião de pesquisa, adaptado do Modelo de Alberta (Canadá), que se divide em cinco fases, com um elemento comum a todas: a revisão do processo.
     Ao elaborar um trabalho de pesquisa, temos de ter presentes as fases que o constituem: planificação; recuperação de informação; processamento de informação; partilha de informação; avaliação.
Vamos começar a apresentar-te a metodologia deste modelo, que se foca, não só na pesquisa, como na abordagem do processo, esperando que o guião que elaborámos e que vamos publicar no blogue seja um auxiliar útil no teu trabalho.



Referências bibliográficas:
Alberta Learning. Learning and Teaching Resources Branch - Focus on inquiry: a teacher’s guide to implementing inquiry-based learning. Edmonton, Alberta, Canada: Learning and Teaching Resources Branch. [Em linha] 2004. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://education.alberta.ca/media/313361/focusoninquiry.pdf
Alberta. curriculum support Branch - Focus on research: a guide to developing students’ research skills. Edmonton, Alberta, Canada: Curriculum Support Branch. [Em linha] 1990. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://helfantpd.wikispaces.com/file/view/focusonresearch.pdf/151500109/focusonresearch.pdf
FREIRE, Adelina; ALMEIDA, Fátima; RODRIGUES, Pedro – “LUTA” para dar um sentido à informação: guia para a realização de trabalhos de pesquisa. Montemor-o-Velho: Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho. [Em linha]  2010/2011. [Consultado em 29 de Abril de 2014]. Disponível no Website das bibliotecas do agrupamento:
FREIRE, Adelina – Explanação de conteúdos. Leiria: ISLA, 2011a
FREIRE, Adelina – Roteiro da tarefa. Leiria: ISLA, 2011b

OBERG, Dianne. Teaching the research process: for discovery and personal growth. [Em linha] s/d [Consultado a 26 de novembro de 2011] Disponível em http://archive.ifla.org/IV/iflab65/papers/078-119e.htm

terça-feira, 10 de maio de 2016

SESSÕES DE FORMAÇÃO EM LITERACIA DA INFORMAÇÃO

Este vosso escriba esteve arredado do blogue por vários motivos, que não vale a pena dissecar. Digamos, apenas, que houve muito trabalho de planificação para que, desde o dia 26 de abril de 2016, tivessem início as sessões de formação em Literacia da Informação. O tema parece complexo, não é? Passemos à devida explicação.
Entende-se por Literacia da Informação a capacidade de procurar, avaliar e utilizar a informação que encontramos de forma eficaz. Para tal, desenvolvemos um conjunto de competências de aprendizagem e de pensamento crítico, recorrendo a vários recursos de informação. A biblioteca é um espaço que te disponibiliza o acesso a uma diversidade de fontes. Com estas sessões, contamos contribuir para te facilitar as tarefas de pesquisa, fornecendo-te orientações quanto ao modo mais eficaz de procurar e de proceder ao tratamento de informação. 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

SEMANA DA LEITURA - 3.º Dia - Conferência sobre Biodiversidade

Hoje, continuou a Semana da Leitura. Desta vez, os destinatários foram os alunos do 8.º ano, mais exatamente, o 8.º A e o 8.º B que, acompanhados pelas professoras Margarida Godinho (Matemática), Maria Cristina Santos (Geografia), Ana Paula Coutinho (Educação Visual) e Carla Almeida (Ciências Naturais) assistiram a uma Conferência sobre Biodiversidade, transmitida via livestreaming. Organizada pelo projeto Clima@EduMedia, que a nossa Escola integra, através do jornal escolar O Gilinho, esta conferência teve como objetivos essenciais sensibilizar os alunos do 3.º ciclo do ensino básico para a importância das alterações climáticas, em particular no que respeita à biodiversidade e proporcionar aos alunos a oportunidade de obterem respostas às suas questões por parte de especialistas na área das alterações climáticas.
Os primeiro orador convidado foi o Prof. Doutor Pedro Pinho, investigador do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências e doutorado em Biologia Vegetal, que abordou o impacto do clima na vegetação. Seguiu-se a intervenção da Prof.ª Doutora Ana Margarida Faria, do Centro de Investigação MARE, doutorada em Ecologia Marinha e que recentemente ganhou uma Medalha de Honra L'Oréal Portugal, cujo tema foi a acidificação dos oceanos. 


SEMANA DA LEITURA - 2.º Dia - Todos à Cozinha


Ontem, terça-feira, a leitura fez-se na cozinha. Conduzimos as turmas do 7.º ano à sala da Unidade de Apoio Especializado à Multideficiência. Aí decorreram sessões de culinária, dinamizadas pelos elementos da equipa, tendo os alunos confecionado rolinhos de pão de forma, coquinhos, enroladinhos de salsinha e bola de carne, para o que tiveram de ler as respetivas receitas, traduzidas em linguagem de símbolos. Verdadeiros pitéus! Quem por lá passou, provou e gostou!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

SEMANA DA LEITURA - 1.º Dia - Apresentação do livro "Oskar e a flauta mágica"

Começou, hoje, a Semana da Leitura na Escola Básica Augusto Gil. E qual a melhor forma senão com leitura (dramatizada e muito divertida!) e ilustração?! Então, se vos disser que a manhã envolveu ouriços, mulas, porcas, tucanos e araras vão pensar, de certeza, que fomos fazer uma visita a um Zoo. Não, estão enganados. Tudo se passou na Biblioteca Augusto Gil, onde, quando abres um livro, sonhas! 

Recebemos a visita de António Franchini, artista plástico, autor e ilustrador, e  de Joana Nogueira co-autora do livro Oskar e a flauta mágica, segundo livro da coleção Oskar, o ouriço musical, a qual, através de uma personagem, Oskar, um pequeno ouriço, nos introduz, de forma simples, ao mundo dos instrumentos musicais.
Franchini falou brevemente das suas origens genovesas (embora seja natural do Porto, a família é italiana) e do trabalho que realiza no ateliê, enquanto artista plástico. Mostrou aos alunos presentes como idealizou o traço das personagens que integram o presente livro e deu algumas orientações durante o workshop de ilustração que se seguiu à apresentação e à dramatização do conto.



wink emoticon

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - Resultados da 1.ª Fase


     Foram hoje conhecidos os vencedores da primeira fase (fase de escolas) do Concurso Nacional de Leitura. Participaram dez alunos do Terceiro Ciclo do Ensino Básico. Em primeiro lugar classificou-se a aluna Rita Costa, do 8.ºB2; em segundo lugar, ficou qualificado o aluno Rúben Antunes, do 8.º A2 e em terceiro lugar, o aluno Gonçalo Ferreira, do 7.º C2.
     Os resultados aqui ficam.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Concurso Nacional de Leitura - Fase de Escolas

Realizou-se, ontem, a prova eliminatória da fase de escolas do Concurso Nacional de Leitura. Este ano, o livro de leitura obrigatória foi O velho que lia romances de amor, do escritor chileno Luis Sepúlveda. Brevemente serão publicados os resultados.