quinta-feira, 12 de maio de 2016

MODELO DE PESQUISA: FASE UM - PLANIFICAÇÃO

     Sempre que iniciamos um trabalho de pesquisa, devemos elaborar um projeto, isto é, proceder à planificação de todo o processo. Com a planificação obtém-se uma imagem do processo de pesquisa e do projeto como um todo. É a fase em que tu e os teus colegas de grupo identificam o que sabem e o que querem saber sobre o tema. É um momento que implica o envolvimento de todos porque começam a surgir ideias sobre eventuais fontes de informação a consultar e é também nesta fase que determinam os destinatários do vosso trabalho, bem como os critérios de avaliação, não só para o produto final, como para os procedimentos de pesquisa e as competências que desenvolveram com a realização do trabalho.
     Esta fase é muito importante porque de uma planificação bem-feita depende o sucesso do teu trabalho. Só sabendo, exatamente, o que pretendes, poderás concentrar o teu trabalho de pesquisa no que é essencial. Assim, sob a orientação do teu professor e, individualmente ou em grupo, deverás elaborar a planificação do teu trabalho, de acordo com a seguintes etapas: designação do tema; identificação das fontes de informação; identificação do público e do formato de apresentação; estabelecimento de critérios de avaliação; revisão do processo.


DESIGNAÇÃO DO TEMA

     Com a ajuda do professor, deves identificar o tema específico da pesquisa e indicar o título e eventual subtítulo. É, igualmente, o momento de, em conjunto, estabelecerem os objetivos e de determinarem a finalidade e o resultado final do trabalho.
     Por esta altura, estão de tal modo envolvidos na planificação que começam a partilhar entre os elementos do grupo tudo o que sabem sobre o objeto de estudo. Apercebem-se que já sabem bastante, mas ainda querem saber mais coisas e que há uma grande variedade de fontes de informação a que poderão recorrer. Tomam nota de tudo isto, porque vos vai ser útil.
    Face à variedade de novos conhecimentos que podes obter, sentes necessidade de formular e de organizar um conjunto de questões que vão orientar a tua pesquisa. Nesta tarefa podes, e deves, contar, sempre com o auxílio do teu professor.

IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE INFORMAÇÃO

     Nesta fase da planificação, o teu professor leva a turma a debater possíveis fontes de informação que poderão utilizar no trabalho de pesquisa, sendo possível proceder a um levantamento dos recursos existentes na biblioteca escolar. Para tal, basta aceder ao catálogo informático do fundo documental. Por intermédio de uma palavra-chave, faz-se uma pesquisa rápida, surgindo no monitor tudo o que a base de dados contém sobre o tema que vais estudar. Em alternativa, o professor poderá simplificar o teu trabalho, entregando, previamente, uma lista da bibliografia que deves consultar.

IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO E DO FORMATO DE APRESENTAÇÃO

     Cabe ao professor determinar a quem se destina a apresentação do trabalho (a audiência, o público). Geralmente, é também quem indica qual o formato que este terá: trabalho escrito; trabalho escrito com apresentação oral; apresentação oral com recurso a meios audiovisuais ou digitais, etc. Contudo, também pode suceder que o professor permita que sejam os alunos a selecionar o formato de apresentação, de entre um conjunto limitado de opções.

ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

     Quase no final da planificação, irás desenvolver, em conjunto com os teus colegas e o professor, os critérios de avaliação a adotar, tanto no que respeita ao produto final, como a todas as fases do processo. É o momento de planificar a autoavaliação dos alunos e a atividade final no final do processo. Mas é, também, a altura de pensar em que moldes se vai realizar a reflexão em torno de todo o processo de pesquisa e de determinar pontos de identificação de sucesso. E porquê? Porque, como dissemos numa publicação anterior, embora este modelo se centre na pesquisa, a abordagem do processo que conduz ao resultado final é muito importante.

REVISÃO DO PROCESSO
   
     A planificação está quase concluída. Falta, apenas, rever os planos individuais ou de grupo, que foram elaborados para orientar a pesquisa. Como estes são apresentados por escrito, torna-se mais fácil seguir a estrutura traçada, sendo este o momento de refletir sobre eventuais ideias para melhoria, antes de avançar para a fase seguinte.



Referências bibliográficas:
Alberta Learning. Learning and Teaching Resources Branch - Focus on inquiry: a teacher’s guide to implementing inquiry-based learning. Edmonton, Alberta, Canada: Learning and Teaching Resources Branch. [Em linha] 2004. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://education.alberta.ca/media/313361/focusoninquiry.pdf
Alberta. curriculum support Branch - Focus on research: a guide to developing students’ research skills. Edmonton, Alberta, Canada: Curriculum Support Branch. [Em linha] 1990. [Consultado a 6 de fevereiro de 2014] Disponível em http://helfantpd.wikispaces.com/file/view/focusonresearch.pdf/151500109/focusonresearch.pdf
FREIRE, Adelina; ALMEIDA, Fátima; RODRIGUES, Pedro – “LUTA” para dar um sentido à informação: guia para a realização de trabalhos de pesquisa. Montemor-o-Velho: Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho. [Em linha]  2010/2011. [Consultado em 29 de Abril de 2014]. Disponível no Website das bibliotecas do agrupamento:
FREIRE, Adelina – Explanação de conteúdos. Leiria: ISLA, 2011a
FREIRE, Adelina – Roteiro da tarefa. Leiria: ISLA, 2011b
OBERG, Dianne. Teaching the research process: for discovery and personal growth. [Em linha] s/d [Consultado a 26 de novembro de 2011] Disponível em http://archive.ifla.org/IV/iflab65/papers/078-119e.htm


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